Marcelo Gomes Miguez é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desde 1998. Engenheiro Civil, formado pela própria UFRJ, em 1990, obteve, na mesma Instituição, os títulos de Mestre (1994) e Doutor (2001) em Ciências em Engenharia Civil, na área de Recursos Hídricos. Sua tese de Doutorado apresentou um modelo matemático para a simulação de cheias em áreas urbanas e recebeu um dos prêmios da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro - AEERJ, em 2002, relativo ao triênio 1999-2001. Teve também um projeto de recém-doutor premiado pela Fundação José Bonifácio, no Programa Antônio Luís Vianna, de 2001, quando propôs a incorporação do efeito de resíduos sólidos no escoamento de cheias urbanas e um tratamento hidráulico-hidrológico distribuído para bacias urbanas. A partir de sua tese e pesquisas seguintes, desenvolveu e formalizou o modelo matemático chamado MODCEL, que teve registro de obra intelectual junto ao CONFEA, no. 1463. Esse modelo vem sendo utilizado em problemas de cheias urbanas, na UFRJ, tendo sido a principal ferramenta do projeto “Modelagem Matemática de Cheias Urbanas, através de Células de Escoamento, como Ferramenta na Concepção de Projetos Integrados de Combate a Enchentes” (2002-2004) desenvolvido junto a FINEP, no  Edital de Gerenciamento Urbano Integrado de Recursos Hídricos 03/ 2002 (CT-HIDRO-GURH). Esse estudo, coordenado por Miguez, focou no diagnóstico e avaliação integrada de problemas de cheias urbanas e possíveis soluções. Cenários de modelação matemática permitiram combinar concepções tradicionais e novas abordagens, com atuações distribuídas na bacia do Rio Joana/RJ. Foi Chefe dos Departamentos de Construção Civil (2011-2013) e do Departamento de Engenharia de Transportes (2005-2007), da Escola Politécnica da UFRJ. Foi Coordenador do Curso de Engenharia Civil (2007-2010) e Vice-Coordenador do Programa de Pós-Graduação de Engenharia Ambiental (2010-2011), ambos da UFRJ. Atua no contexto da pós-graduação da UFRJ também no Programa de Engenharia Civil, do Instituto Alberto Luiz Coimbra-COPPE, e nos Programas de Engenharia Ambiental e de Engenharia Urbana, da Escola Politécnica. Em sua atuação acadêmica, desenvolve atividades de pesquisa, em projetos nacionais e cooperações internacionais, envolvendo, principalmente, o diagnóstico de cheias, hidrologia urbana, risco de inundações e  resiliência urbana a inundações, concepção de projetos integrados de sistemas de drenagem urbana sustentável, hidráulica fluvial, modelagem hidráulica computacional e simulação de ondas de ruptura de barragem, entre outros. Atua também como consultor e responsável técnico em projetos desenvolvidos pela Fundação Universitária COPPETEC. É Editor Associado do Journal of Urban Planning and Development, da American Society of Civil Engineering (ASCE) e Assessor da Municipal Engineering, da Institution of Civil Engineers (ICE). Foi nomeado em 24/02/2011 (Portaria MMA nº 51, de 24/02/2011) para compor a Comissão Brasileira para Programas Hidrológicos Internacionais (PHI) da UNESCO, a COBRAPHI, como representante em recursos hídricos da região Sudeste do Brasil, no triênio 2011-2014. Participou do projeto internacional SERELAREFA - SEmillas REd LAtina Recuperación Ecosistemas Fluviales y Acuáticos, em conjunto com o Centro Italiano de Requalificação Fluvial e a Universidade Politécnica de Madri, formando um grupo de pesquisa no âmbito do Programa FP7 IRSES PEOPLE 2009, da Comunidade Européia, que também envolveu parceiros do Chile e México. O projeto teve o objetivo de lançar as bases para uma rede latino-americana de recuperação fluvial. Miguez foi também coordenador, na UFRJ, de um grupo de pesquisa inserido na chamada FINEP para Saneamento Ambiental e Habitação/2009, no tema Manejo de Águas Pluviais. Esse projeto buscou avaliar e desenvolver técnicas compensatórias em drenagem urbana e discutir a integração de ferramentas de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo, na produção de um ambiente urbano equilibrado e sustentável em longo prazo. Participou e/ou coordenou, ainda, equipes de planos de saneamento, planos de contingência para adaptação a mudanças climáticas, além de atuar como consultor em projetos diversos para a sociedade, através de Fundações de apoio à Universidade.